O tríplice laço do amor.
Quando
se fala em amor, logo percebemos que a palavra em si transmite um
significado importante para todos nós, qual seja, o tríplice laço
de comunhão entre nós mesmos, o próximo e o nosso Senhor Deus.
Este sentimento pode ser notado em cada um que faz parte desse laço,
do qual será demonstrado a seguir.
Uma
dessas formas de amor é percebida quando amamos a nós mesmos. O
amor-próprio é fundamental para que a autoestima seja elevada e
para que haja o conhecimento de nossas virtudes, nossos defeitos,
nossas vontades, nossas convicções e principalmente, a certeza de
que somos felizes com nós mesmos.
A
felicidade se desdobra em viver e em transmitir. Vivemos a plenitude
da felicidade quando somos capazes de olhar no espelho e nos
satisfazer com o que vemos. Não só isso. Podemos mencionar que ser
feliz passa por pequenas coisas que vivenciamos sozinhos. Por
exemplo, nos momentos que acordamos e ajoelhamos sobre o chão,
juntamos nossas mãos e com os dedos entrelaçados na altura de nossa
cabeça, oramos para o Senhor a fim de agradecer pela nossa vida,
pelas bençãos concedidas e também para pedir que o dia seja
repleto de coisas boas. Outros exemplos se dá quando praticamos
exercícios, estudamos, resolvemos um quebra-cabeça, terminamos um
jogo, conseguimos concluir um objetivo ou até mesmo quando escutamos
uma música revigorante. Estes momentos de felicidade contribuem para
que alcancemos o primeiro estágio do amor. Se somos felizes por nós
mesmos, seremos capazes de conseguir transmitir isto.
Tendo
alcançado o amor-próprio, seguimos para o próximo estágio do
significado do amor e também um dos mandamentos de Deus: Amar o
próximo.
Ao
amarmos alguém, percebemos que o homem não vive somente de si
mesmo. Existem várias formas de transmitir nosso amor a alguém, tal
como ajudar um idoso a subir as escadas, dar comida aos mendigos,
dizer “Eu te amo” a quem consideramos importante em nossas vidas
e o relacionamento com alguém, seja por namoro, pelo noivado ou pelo
matrimônio, da qual dissertaremos a seguir acerca desses três
últimos.
O
namoro é a fase de conhecimento. É precedida pelos encontros com a
pessoa, as conversas, os beijos e a paixão que se cria antes de algo
mais sério. Após, o pedido. Enfim, começa-se um namoro. Nesse
momento, há ânsia de querer saber mais sobre o outro. Conversas e
mais conversas, assim como mensagens e mais mensagens no celular.
Apresenta-se o companheiro a família, ansioso para que haja a
compatibilização entre os dois, e fica feliz ao terminar o dia e
ver que deu tudo certo. Conforme o tempo passa, percebe-se que a
paixão dá adeus ao namoro e deixa que o amor assuma o seu posto.
Neste tempo, já se conhecem todas as manias do outro, as birras, o
que o deixa nervoso, o que o deixa feliz, o que os dois gostam de
fazer juntos, bem como as atividades que o companheiro gosta de fazer
sozinho. As indiferenças e defeitos que por vezes os afastam, se
tornam secundários e até ajuda a perceber que ambos devem evoluir
juntos com a transmissão de amor contínuo.
Então,
o amor dos dois cresce tanto ao ponto de quererem algo mais. Outro
pedido. Felicidade chega a níveis altíssimos reciprocamente. Enfim,
começa-se um noivado, o momento de preparação ao matrimônio. Não
só os dois, mas a família passa a participar ativamente nessa fase.
Começa-se a correria atrás de um lugar para morar. Juntam-se todas
as economias, recebe-se ajuda de terceiros, e assim se perdura, até
que finalmente assina o contrato e compra o tão sonhado apartamento.
Acumulado com essa tarefa, têm os preparativos do casamento, qual
seja, a escolha do buffet, confecção dos convites, o vestido da
noiva e o terno do noivo, além de outros, que causam por vezes
estresse em ambos. No fim, tudo dá certo. Chega o grande dia. Igreja
lotada, todos os convidados em pé e a porta principal se abre. A
noiva entra reluzente, acompanhada de seu pai, e olha para todos que
estão presentes em sua volta, muitos chorando e outros simplesmente
orgulhosos por estar lá. Anda-se pelo tapete vermelho até encontrar
seu futuro marido. A pessoa em quem você deseja e promete ficar pelo
resto da sua vida. A emoção toma conta de todos durante a missa
celebrada e então, pela benção de Deus, começa-se uma nova
família.
Por
fim, tem-se o matrimônio. Podemos citar vários ditados sobre o
casamento que o denigre. “Minha
mulher me pediu pra dizer coisas sujas no ouvido dela, então
respondi: cozinha, banheiro, sala, quartos, roupas…” diz
Willy Prado, ou
podemos recorrer a um dito popular: “Amor é uma insanidade
temporária que pode ser curada com o casamento”.
Ledo engano! As
dificuldades sabe-se que tem. Nem sempre os dois sorrirão um para o
outro e, nem sempre estarão a fim de fazer as coisas juntos. Pois
então, o que os fazem continuarem juntos? A resposta é simples, o
amor. Este é tão grande que releva várias coisas, que perdoa seu
próximo mesmo sem estar errado, que os move a serem um verdadeiro
casal. Anos passam e a cumplicidade junto com a amizade tornam-se
fatores essenciais ao relacionamento. E mesmo após 50 anos de
casados, os dois se beijam e falam um para o outro com toda a
naturalidade “Eu te amo”. Durante toda a vida, souberam
aproveitar cada momentos juntos e simplesmente amaram.
Entretanto,
do que seria o amor-próprio, o amor ao próximo, sem o amor a Deus?
Um casamento protegido pelas mãos do Senhor não se abala, não se
corrompe, não se separa. A plenitude deste sentimento se dá quando
conseguimos unir o tríplice laço do amor. Não existe nenhum outro
amor maior ao de Deus. Já dizia 1 Coríntios 13:4-7 que “o
amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria,
não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se
ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a
injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta.” Deus
é amor. Em um mundo em que o divórcio é comum, quem vive feliz
com seu cônjuge e passa a vida toda junto com ele, se torna exceção.
Enquanto o Senhor habitar em seu lar, “tudo suporta”.
Assim,
o amor é o maior sentimento que podemos sentir. Se
deixarmos que o amor entre em nossa vida, estaremos em comunhão com
nosso “eu”, o próximo e principalmente com Deus. Nosso desejo é
que passemos por todas essas fases e ao final de nossas vidas,
tenhamos a certeza de que amamos plenamente.
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