Análise de Questões (CESPE) - #TRF1 e #TRF5 - D. Penal e D. Processual Penal

Boa tarde galera

Iremos analisar algumas questões da banca CESPE com foco nos concursos do TRF 1º Região e TRF 5º Região. Estamos em reta final no primeiro e, por isso, devemos nos concentrar na resolução de questões. Resolveremos 5 questões retiradas do site "Qconcursos" de cada matéria abordada nesses concursos.Vamos lá?



Direito Penal



Aplicada em: 2015
Banca: CESPE
Órgão: TJ-DFT


















































Acerca do crime e da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, julgue o item que se segue.


Ainda que se trate de tentativa delituosa, considera-se lugar do crime não só aquele onde o agente tiver praticado atos executórios, mas também aquele onde deveria produzir-se o resultado.

GABARITO: Certo.

Art. 6º CP - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.



Aplicada em: 2013
Banca: CESPE
Órgão: DEPEN





A lei penal brasileira será aplicada aos crimes cometidos no território nacional ainda que praticados a bordo de aeronaves estrangeiras de propriedade privada em voo no espaço aéreo correspondente, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional. 

GABARITO: Certo.


Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.



Aplicada em: 2017
Banca: CESPE
Órgão: TRE-BA







A pedido de Ronaldo, um amigo portador de doença congênita cardiovascular, a médica Joana emitiu atestado médico afirmando que ele estava apto a praticar, sem prejuízos para sua saúde, esportes como a corrida. Ronaldo, então, utilizou o atestado como instrumento de prova para um concurso público para a polícia civil. Uma semana depois de assumir o cargo, Ronaldo passou mal, e o atestado foi colocado à prova, tendo passado a ser objeto de investigação criminal. O perito escalado para contestar ou reafirmar o atestado concedido pela médica protegeu a colega de profissão e atestou que o problema cardíaco de Ronaldo, embora congênito, pode ser de difícil diagnóstico, o que justificaria suposta falha de Joana. Ronaldo, entretanto, em sede de inquérito, confessou que havia pedido o atestado à médica. O perito voltou atrás e retratou-se, tendo afirmado que seria impossível a médica não ter verificado a doença.


A respeito das condutas de Ronaldo, de Joana e do perito, assinale a opção correta.

A) Ronaldo não cometeu crime, configurando arrependimento eficaz o fato de ele ter confessado em sede de inquérito.

B) A conduta de Joana configura crime contra a administração pública.

C) O perito não cometeu crime, cabendo-lhe apenas punição administrativa.

D) Joana cometeu crime de certidão ou atestado ideologicamente falso.

E) A conduta de Joana configura crime de falsidade de atestado médico.


GABARITO: E


a) ERRADO -  Ronaldo, então, utilizou o atestado como instrumento de prova para um concurso público para a polícia civil. (Responde pelo delito de uso de documento falso - art. 304 do CP). A confissão em sede de inquérito pode caracterizar, no máximo, circunstância atenunte (Art. 65, III, "d", CP).

b) ERRADO - trata-se de crime contra a FÉ PÚBLICA (Falsidade de atestado médico - art. 302 do CP).

c) ERRADO - cometeu o crime de Falso testemunho ou falsa perícia (art. 342 do CP), mas este não será punível (não deixa de ser crime), uma vez que declarou a verdade antes da sentença do processo em que ocorreu o ilícito (art. 342, §2º do CP).

d) ERRADO - cometeu o crime de Falsidade de atestado médico - art. 302 do CP

e) CERTO - cometeu o crime de Falsidade de atestado médico - art. 302 do CP


Aplicada em: 2015
Banca: CESPE
Órgão: AGU


Acerca da aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue.


A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.


GABARITO: Errado.

Prevalece o entendimento de que, em relação à legítima defesao direito não poderia obrigar alguém a ser covarde, a fugir de um ataque injusto quando pode legitimamente defender. Ao contrário do Estado de Necessidade, a possibilidade de fuga ou o socorro de terceiros não impedem, segundo a maior parte da doutrina penalista, o reconhecimento da legítima defesa. O agredido não está vinculado à procura do caminho “mais cômodo” e menos lesivo para escapar de um ataque injusto (commodus discessus).


Aplicada em: 2015
Banca: CESPE
Órgão: TJ-DFT



Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir.

A embriaguez completa, culposa por imprudência ou negligência — aquela que resulta na perda da capacidade do agente de entender o caráter ilícito de sua conduta —, no momento da prática delituosa, não afasta a culpabilidade.


GABARITO: Certo.

"Apenas a embriaguez completa decorrente de caso fortuito ou força maior exclui a imputabilidade." 

CP.  Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
II - a embriaguezvoluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento



Direito Processual Penal.


Aplicada em: 2015
Banca: CESPE
Órgão: TJ-DFT


Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o item a seguir.


Em relação à aplicação da lei processual penal no espaço, vigora o princípio da territorialidade.

GABARITO: Certo.

Territorialidade
Art. 5º CPP - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.



Aplicada em: 2014
Banca: CESPE
Órgão: Polícia Federal



A respeito da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, julgue o item abaixo.

Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um ilícito penal federal, instaure inquérito policial para a apuração do fato e da autoria do ilícito e que, no curso do procedimento, o seu superior hierárquico, alegando motivo de interesse público, redistribua o inquérito a outro delegado. Nessa situação, o ato do superior hierárquico está em desacordo com a legislação, que veda expressamente a redistribuição de inquéritos policiais em curso.


GABARITO: Errado.


Poderá haver a redistribuição DESDE QUE:

Mesmo fato; fundamentado; no interesse público.


Aplicada em: 2016
Banca: CESPE
Órgão: TCE-SC




Em relação ao direito penal, julgue o item a seguir.

Em se tratando de crimes em que somente se procede mediante queixa, o perdão do ofendido obsta ao prosseguimento da ação. Entretanto, não extingue a punibilidade se ofertado após o trânsito em julgado da sentença condenatória. Além disso, concedido por um dos ofendidos, o perdão não prejudica o direito dos outros. 

GABARITO: Certo.

Em se tratando de crimes em que somente se procede mediante queixa (AÇÃO PRIVADA), o perdão do ofendido obsta ao prosseguimento da ação. CORRETO
--------------
 Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação. 
Art. 107 Extingue-se a punibilidade:
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
Extinguida punibilidade - há obstrução prosseguimento ação
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Entretanto, não extingue a punibilidade se ofertado após o trânsito em julgado da sentença condenatória. CORRETO
Art. 106 § 2º Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. 
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Além disso, concedido por um dos ofendidos, o perdão não prejudica o direito dos outros. CORRETO
 Art. 106. II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; 


Aplicada em: 2013
Banca: CESPE
Órgão: PC-BA


Em relação ao processo penal e à legislação pertinente, julgue o item que se segue.

A intervenção do ofendido é admitida na ação penal pública ou privada, podendo ele habilitar-se como assistente de acusação desde o inquérito policial e, se for o caso, acompanhar a execução da pena.


GABARITO: Errado.

 Art. 268 CPP.  Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31.
    
    Art. 271.  Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1o, e 598.
 
A referida assistência somente é possível na ação penal de iniciativa pública incondicionada, em que o seu titular é o Ministério Público, e na condicionada à representação. Como a lei não se referiu à ação penal privada, não é cabível a assistência visto que nesta o fendido figura como parte necessária, não podendo dar assistência a si mesmo.



Aplicada em: 2013
Banca: CESPE
Órgão: SEGESP-AL



Uma mulher foi vítima de crime de ação penal pública condicionada à representação, contudo, somente seis meses após a ocorrência do crime, conseguiu identificar o autor do fato, ao vê-lo andando na rua, ocasião em que se dirigiu imediatamente à delegacia para comunicar o fato e solicitar à autoridade policial a tomada de providências. 
Com base na situação hipotética acima, julgue o item a seguir.
Nas ações públicas condicionadas à representação, o Ministério Público atua como fiscal da lei, verificando se houve renúncia ao direito de ação por parte da vítima ou perempção durante a ação penal.


GABARITO: Errado.

Na ação penal pública condicionada o Ministério Público atua como parte da ação, junto com a representação da vítima.

Somente na ação penal privada é que o MP atuará como fiscal da lei.



Muito bem galera, foco no objetivo! Encerramos por hoje.

Abraços


Uyran Ribeiro

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